"Vou andando como sou e vou sendo como posso..."

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Amor de passagem

Alguém me contou uma historia sobre dois amores. Resolvi escrever porque me fez lembrar tantas outras historias... Na verdade eram quatro amores. Ou melhor, três. Dois amores eternos e um amor de passagem. Amor de passagem é o encontro de duas almas completamente diferentes com caminhos, anseios, sonhos e ambições diferentes, mas que se amam eternamente por um momento. As duas almas se encontravam em seus amores eternos. Cada uma amava o seu amor com intensidade e profundidade, como apenas alguns amores são capazes de amar. Falavam de seus amores e a historia de um era o espelho do outro. Um homem e uma mulher que olhavam pro amor da mesma forma. Que viam o amor no outro com a magia do olhar infantil. Eram almas fraternas. Mesmo opostas, não eram contraditórias. Se entendiam, falavam a mesma linguagem, compreendiam o mundo e o ser humano de forma similar, com vocabulários diferentes. Um era bossa nova e outro rock’n roll. E essas almas se amaram como animais. Não tinha razão que os fizesse parar. Tinha apenas o desejo, a querência, o deixar ser. E foram. Sucumbiram a si mesmos e não se arrependeram. Mas também se enxergaram como seres inteiros. Reconheceram o valor de cada instante e o valor de seus amores eternos. Deixaram a passagem passar e seguiram seus rios. Não adianta voltar atrás para encontrar esse amor de passagem. Como o vento que os une, também os faz caminhar - novamente em caminhos diferentes, com anseios e ambições diferentes, mas brindados no coração por aquela passagem...

Quem não traz em seu coração esses brindes passageiros?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Nome da Rosa

Ontem revi este filme que foi uma quebra de paradigmas na minha infância/pré adolescência.
Lembro que a sensação que tive ha tempos foi de medo e desconfiança sem fim. E a decepção? Acredito que a religiosidade é inerente ao homem, mas a religião ja destruiu mundos. Ontem a sensação era da inescrupulosidade do ser humano. Somos ainda tão doentes assim? Por que não podemos ser contestaveis? Por que ainda elegemos seres absolutos? Artistas, politicos, familiares somos todos um bando de crianças - aprendedores do fazer.