"Vou andando como sou e vou sendo como posso..."

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Vida de Produtor

Nessa nossa vida ingrata de produção gostamos, não gostamos, gostam ou não gostam.
Mas o fato é que somos loucos por trabalho!

Achei esse texto no orkut de uma recém amiga.
Vejo que sou uma vencedora, pois consigo ter vida pessoal (dentro de casa) e trabalhar!
Como unir paz e produção??? Magica!

VIDA DE PRODUTOR

Alguns mandamentos da profissão:

1. Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
2. Não verás teu filho crescer.
3. Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4. Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, ou síndrome do pânico.
5. A pressa será teu único amigo e as tuas refeições principais serão os lanches e comida a quilo.
6. Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7. Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8. Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9. Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10. As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que entendem de produção e as que não entendem. E verás graça nisso.
11. A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém a cafeína não farás mais efeito.
12. Rodas de conhecidos no saguão do aeroporto serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
13. Terás sonhos com palcos, aeroportos, hotéis, orçamentos, cachês, e não raro, resolverás problemas de trabalho neste período de sono.
14. Exibirás olheiras como troféu de guerra.
15. E, o pior: inexplicavelmente gostarás de tudo isso!!!

sábado, 12 de dezembro de 2009

A última sessão de teatro

Acabei de sair do Teatro Vila Velha. Sim, eu fui ver e ouvir um velho ator perdido em suas inquietações... Fui, mas o fiz sem maiores pretensões. Eu estava curada da picada do bichinho do teatro. Mas saí de lá com uma inquietação profunda na alma, dessas que o teatro proporciona e não cicatriza.

Vi minhas memórias ali no palco, Harildo, não eram só as suas. Meu teste para ingressar na Faculdade de Teatro (Eu sou Clarissa, tenho 21 anos e quero ser atriz). Lembro da expressão sua, a de Hebe e a de Bião, quando terminei o monólogo de Água Viva, de Clarice Lispector. Aguardei a repetição ou alguma indicação e... nada! Após a pausa de todos e num ato sem palavras, mas carregado de gestos e expressões, você me abriu a porta e saí da sala, com uma grande interrogação. Mas com a certeza de que era bom!

Hoje eu continuo sendo Clarissa, agora com 34 anos e com a certeza de que não quero ser atriz. Sustento o texto de que não quero saber de teatro, mas saio aos prantos de uma declaração de amor a esta forma de viver, como a que vocês me proporcionaram hoje. Porque amo o teatro e o fazer teatral. Fazer teatro não é simplesmente uma profissão, é simplesmente fazer teatro e toda imensidão que isso carrega. Não fui cumprimentá-los, eu sei, me perdoem, um a um, por isso. Mas não foi covardia, tive que me esconder, eu e minhas lágrimas. Talvez para não ser piegas, nem me entregar aos prantos no ombro do primeiro que cruzasse o meu caminho.

Pensei que sairía ilesa dessa noite, ou melhor, nem pensei em nada, porque fui mais por insistência de Lelê, pelos tantos telefonemas (e não é fácil num processo de produção ficar adulando gente pra ver sua peça, tem muitas outras “coisinhas” para fazer...)

A minha caminhada no teatro sempre foi de lateralidade. Nunca frontal. Fiz teatro por causa da música, porque a música não me completava na relação com o palco, a luz, o texto, o conceito. Mas a mim, não interessavam os teóricos, apenas suas marcas. Não fui fazer teatro por causa de Stan, Nelson, Beckett ou Shakespeare – apesar de ter sido flechada pelos poemas de Brecht. Queria entender como pisar no palco, como isso se dava. Mas embrulhei o meu pacote de devaneios sem foco, misturei com outras caminhadas, me utilizei do teatro para atender necessidades familiares, religiosas e artísticas. Cruzei o teatro e a música, o teatro e o discurso, o teatro e a poesia, o teatro e a voz, o teatro e a expressão corporal, o teatro e a sala de aula, o teatro e a estética, mas quando cruzei o teatro e a produção me assustei. Vi a arte pelo avesso. Me entristeci, me atolei, me enojei, repugnei-a. Digo NÃO a todos que me pedem pra fazer teatro. Não quero e não quero mesmo! Mas me ajoelho diante da revolução que essa arte proporciona.

Me pego no texto da personagem de Neyde “estou só” e pergunto: quem não está assim, minha querida? Viver é um eterno estar-se só, mesmo em multidões...

O perdão é um momento que me prende e a partida sem rancor, também!

Chega de tanto desabafo! Viva a arte! Quero as janelas abrir para que o sol possa vir iluminar nosso amor!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada - Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)





Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Gestão de negocios

MBA

Gestão de Negocios

Contabilidade

Liderança

Sensibilização de Equipes

Tecnologia da Informação

Empresas

................

Da pra ter um gerenciador de vida pessoal???

Ah.... E que não dê ordens quando vc não as quiser receber!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Gosto do Pessoa nas pessoas

Confesso que não sei como se deu meu encontro de amor com a poesia... Procuro no meu passado esse dia especial. Aquele instante de uma troca de olhares que marca a historia iminente. Mas não consigo precisar esse momento. Tenho lembranças de influências especiais. Lembro da Professora Elsa no primeiro ano colegial, dos Professores Fernando Eleodoro e Pimpão, na época do cursinho. Todos declamavam poesia com a verdade das suas palavras mais do que as sonoridades de suas rimas. Somo a isso à convivência com meu poeta Jorge Portugal e toda a minha devoção pelas letras das canções. Convivi também com Antônio Pastori e ouvia as suas belas poesias plenas de suor e entrega. Mais ainda assim, em todos esses momentos eu já delirava ouvindo a palavra.

Vou mais longe e penso se começou com minhas audições ininterruptas de Maria Bethânia e Milton Nascimento por volta dos dez anos. Mais longe, penso nas mesóclises bíblicas e nos textos de Davi e de Salomão com poesias de amores tão profundos que ouvia espaçadamente na minha infância. O fato é que aos cinco anos perdi Vinicius de Moraes e chorei. (Chorei pela sua morte, sem nem sequer saber ler... E levo essa viuvez no meu currículo).
O fato é que esse encontro com a palavra deve ter acontecido antes mesmo de me dar conta que virei gente outra vez. Só que demorei um pouco para passar da condição de ouvinte delirante, para consumidora e leitora publica. Leitora publica? Sei la como dizer que não leio poesia apenas para mim, mas leio para pequenos grupos, em ocasiões especiais. E isso é muito louco, porque não são leituras necessariamente de poesias que estão na manga ou na cartola.

Sou uma leitora de fato de Elisa Lucinda, Fernando Pessoa (alias, onde andara minhas Obras Completas?) e Vinicius de Moraes. E sei que tenho um encontro com Drumond e com Bandeira. O encontro com Bandeira e Ezra Pound será num momento especial. Sinto que com Bandeira vou dizer “Meu Deus, por que demorei tanto pra me entregar a esse cara?”.

Sabado foi aniversario de meu pai e dediquei a ele a leitura de O Guardador de Rebanhos (V). Gosto do Pessoa nas pessoas. Há metafísica bastante em não pensar em nada e se encantar com Pessoa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Amor de passagem

Alguém me contou uma historia sobre dois amores. Resolvi escrever porque me fez lembrar tantas outras historias... Na verdade eram quatro amores. Ou melhor, três. Dois amores eternos e um amor de passagem. Amor de passagem é o encontro de duas almas completamente diferentes com caminhos, anseios, sonhos e ambições diferentes, mas que se amam eternamente por um momento. As duas almas se encontravam em seus amores eternos. Cada uma amava o seu amor com intensidade e profundidade, como apenas alguns amores são capazes de amar. Falavam de seus amores e a historia de um era o espelho do outro. Um homem e uma mulher que olhavam pro amor da mesma forma. Que viam o amor no outro com a magia do olhar infantil. Eram almas fraternas. Mesmo opostas, não eram contraditórias. Se entendiam, falavam a mesma linguagem, compreendiam o mundo e o ser humano de forma similar, com vocabulários diferentes. Um era bossa nova e outro rock’n roll. E essas almas se amaram como animais. Não tinha razão que os fizesse parar. Tinha apenas o desejo, a querência, o deixar ser. E foram. Sucumbiram a si mesmos e não se arrependeram. Mas também se enxergaram como seres inteiros. Reconheceram o valor de cada instante e o valor de seus amores eternos. Deixaram a passagem passar e seguiram seus rios. Não adianta voltar atrás para encontrar esse amor de passagem. Como o vento que os une, também os faz caminhar - novamente em caminhos diferentes, com anseios e ambições diferentes, mas brindados no coração por aquela passagem...

Quem não traz em seu coração esses brindes passageiros?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Nome da Rosa

Ontem revi este filme que foi uma quebra de paradigmas na minha infância/pré adolescência.
Lembro que a sensação que tive ha tempos foi de medo e desconfiança sem fim. E a decepção? Acredito que a religiosidade é inerente ao homem, mas a religião ja destruiu mundos. Ontem a sensação era da inescrupulosidade do ser humano. Somos ainda tão doentes assim? Por que não podemos ser contestaveis? Por que ainda elegemos seres absolutos? Artistas, politicos, familiares somos todos um bando de crianças - aprendedores do fazer.

domingo, 22 de novembro de 2009

Novidades passadas

Dando uma espiada basica na minha propria criação, percebi quantas informações passaram...
São Paulo com o lançamento do CD do Trio + 1 e da Rumpilezz, Brasilia com Joatan no Clube do Choro homenageando meu querido Dorival Caymmi, Encontro da ABT em Salvador com a presença de ilustres trompetistas. Aula de Yoga pra musicos com Karry - I loved to know you! Pelourinho, Humaita, Bonfim, Gantois. Turismo na nossa cidade. Suuuuuuuuper vale! (plagiando Benjamin).
Isso porque deixei de fora os 10 anos de Jam no Mam, que o Jurassik Quartet deu um show!
Alias, vou te contar , esse tal de Joatan Nascimento é um acontecimento! Adoro o som, as melodias, os improvisos dele, e claro o amor!!! rsrsrs

O Fantasma da Opera

Numa fantasia, numa ingenuidade perante a vida, nos deixamos seduzir por monstros que nos inebriam... A sua especialidade nos encanta e o recortamos do contexto social. Ele passa a ser só aquele fragmento, aquilo é o seu todo aos nossos olhos. A beleza do diferente, do exótico, do completamente novo... Até que percebemos que o pedaço tem extensão e não é exatamente o que deveria ser para que eu continuasse sonhando. E agora? Como se libertar desse emaranhado? Será que eu QUERO me libertar? Eu preciso, senão vou sucumbir à loucura. Então reúno as forças, não sei quais para conseguir.

Quando nossos monstros nos permitem partir ou nos decidimos partir é que a tal voz da razão bateu à nossa porta e crescemos. Aquele monstro que nos destrói e que amamos ficou pra trás, mas ele não desiste de todo. Até respeita a nossa decisão, mas esta sempre à espera que um dia voltemos atrás.

Cristine partiu num pequeno barco com seu escolhido e deixou o fantasma de seus sonhos mergulhado em lagrimas. Não sem antes devolver à ele o que poderia ser o símbolo de sua união. Devolver o anel ou a aliança neste momento é mais do que um gesto banal, novelístico de desprezo, é poder assumir a escolha. É dizer sem palavras o grito de liberdade. E aqui mais que grito vem a delicadeza da personagem, que apenas diz. Por isso falo na maturidade. A maturidade me seduz a cada passo. Perdoar, compreender, respirar. Saber que as coisas têm ou tiveram o seu momento e que podemos ser diretores dos nossos filmes diários e escolhermos o caminho e o tempo de duração deles.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tanto tempo longe de você...

Uma pausa de mil compassos... é isso!
Abri este blog com uma vontade incrivel de escrever. Mas vontade é assim: da e passa!!!


Recebi hoje uma mensagem de um amigo que combinou com minha conversa de luzes apagadas e hora de dormir com minhas filhas. Quanto tempo desperdiçamos com um preenchimento de nadas, como nos deixamos ser absorvidos pelo computador, pela TV e menos pelo movimento, interação, pela leitura, pela contemplação, meditação. Fico pensando agora sobre O Rio de Janeiro e as Olimpiadas de 2016. Um cidade que ainda tem tempo de cultivar o corpo. As pessoas fazem esporte mesmo, caminham, vão à praia qq hora do dia. Que bom! Precisamos sair mais dos apertamentos e engarrafações...


Recebi uma historia em quadrinhos do Pitoco sobre o Mito da Caverna de Platão. Muito bom!

Vou postar! Vale mais a reflexão de quem lê, do que a que eu quiser impor!

Mito da caverna de Platão

O mito da caverna é uma das famosas parábolas escritas por Platão. A ideia consiste em pessoas que vivem numa caverna e acreditam que o mundo real é aquilo que aparece na parede: sombras formadas pela luz que entra pela única fresta existente. Estas pessoas lutam contra qualquer um que diga o contrário. Abaixo uma história em quadrinhos do Piteco, personagem de Maurício de Souza, que capta brilhantemente a essência do que Platão queria dizer. Pense nisto!




Não tem jeito, não sou uma expert nessa linguagem cyber e não consigo colocar esta imagem de modo que se consiga ler!!!
Clica na imagem e pega uma lupa, mesmo!!!

Bjo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Uau! Tem tempo que não escrevo por aqui, hein?
Também são tantas mídias para atualizar... Orkut, twitter, blog, youtube...
Aliás, consegui postar um vídeo no Youtube! Isso é sensacional, saio da vida de mortal para entrar para história (rsrsrsrssrs).

Bem, preciso compartilhar as últimas:

Show de Joatan dia 12/09. Foi lindo! Casa cheia, gente voltando da porta e participação especial de Leandro Braga. Que piano sensível e suingado! O cara arrasou!



Show de Lokua Kanza dia 13/09. O que foi aquilo? Três belíssimas vozes (Lokua, Malaika e Komba) e um carisma especial. Depois do show, acabamos em Pizza. Maranello!



Show de Joatan dia 19/09. Esse merece créditos especiais. Com as participações de Fred Dantas, Edson Sete Cordas e Cacau do Pandeiro... Sem noção! O show teve uma alegria que extrapolou a boca do balão! Lotação na casa. Público e palco na mesma sintonia. Sucesso absoluto!





Fora a vida de trabalho, uma semana intensa de Pós-graduação no juízo! ADM, ADM, ADM, compre ADM!!! (rsrsrs) Sabe que tô gostando? Acho que levo jeito pra coisa...

Tenho que ir porque esta semana tem prova de Francês, Hip Hop no Brasil (com show e oficinas), Show de Maria Rita e Emmerson Nogueira, encerramento da temporada de Joatan no Tom do Sabor, enfim... viva o pique!

PS: segue o link do youtube da participação de Fred, Edson e Cacau no show de Joatan. Divirta-se!

http://www.youtube.com/watch?v=Z6q3bmz0GHY

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A alegria do Choro de Casa




Foi uma deliciosa farra a estreia do show Choro de Casa do trompetista Joatan Nascimento!
Quem escolheu o Tom do Sabor ao invés do Brasil x Argentina, fez uma grande escolha!
Foi presenteado com inumeras informações historicas e estéticas sobre o Choro, além de curtir um repertorio refinado e um bandleader descontraido e senhor de seu palco.

Tudo bem que eu sou fã e esposa, mas a verdade é que o cara arrasou!

A participação de meu querido Mario Ulloa foi um brinde à parte! Esta semana temos Leandro Braga. Outro brinde!

Vale a pena conferir!

Panorama com Eric Vicent



Enfim, começamos!
Eu realmente tenho prazer em produzir shows! Gosto, gosto mesmo! Digo isso com o tom da voz da minha pretinha, que diz isso como ninguém! rsrsrrs

E digo categoricamente que começamos com o pé direito!
Porque apesar de todo o medo (feriadão, sem dinheiro no banco, um dia depois de uma chuva catastrofica na cidade, momento de mudança de diretor da Aliança, local novo, artista desconhecido, jogo do Brasil - contra a Argentina, que não é qualquer jogo -, percpan com Airto e Flora Purim... Ufa!), tivemos publico, não choveu e tudo deu certo! Também temos uma equipe do bem e isso ajuda! Pra gente não tem tempo ruim!


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Joatan Nascimento no Tom do Sabor




A elegância de Joatan se une à elegância do Tom, no show "Choro de Casa".
Acompanhado por Ivan Bastos (baixo), Yacoce Simões (acordeon), Ailton Reiner (cavaquinho, bandolim e violinha) e Ana Tomich (percussão), o show é uma ode ao virtuosismo e alegria dos chorões!

Vale a pena conferir!

A produção, claro, é da Celeiro!

sábado, 22 de agosto de 2009

Racismo hoje

Não aguento ficar calada!
Acabei de ler no meu orkut uma mensagem sobre o racismo sofrido por um negro na rede Carrefour. O cara foi abrir seu carro (cross fox) e por conta disso foi abordado violentamente por seguranças e em seguida por policiais acusado de tentativa de furto!

Quer dizer que um Negro não pode ter grana, trabalhar e ter um nivel econômico alto?
As pessoas ainda pensam assim?

Meu Deus, me ajude!

Conversando dia desses com uma coleguinha de minha filha, ela falou que achava que outra menina não gostava dela porque era "diferente". Eu perguntei diferente como? Porque eu sou negra! Quase bati o carro! Você não é diferente por isso! Somos pessoas e isso não se qualifica por "cor-de-pele"! Pirei!

As crianças de hoje ainda se sentem diminuidas, são desprezadas e humilhadas por causa dessa merda de preconceito?

Tenha santa paciência!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ano da França no Brasil

Falar francês não é uma atividade muito facil, mas estou cada dia mais envolvida com as atividades francesas. Tenho ouvido muito o idioma, agora então, estudando e prestes a receber quatro grupos franceses... Fico cada vez mais impressionada com a qualidade artistica desse pequeno pais que ja foi a grande ribalta do movimento artistico. E que velocidade pra fazer acontecer! Adicionei o link do blog de Irène adida cultural da França na Bahia. Vale a pena ver!

sábado, 8 de agosto de 2009

Ironias do Amor

É verdade que a gente cresce com o sonho de encontrar o tal príncipe encantado. Mas é verdade também que o tempo passa e a gente percebe que o príncipe não tem um cavalo branco e nem salva a gente da bruxa malvada! E muito menos que o encantamento que vemos nele está associado à magia das fadas madrinhas. Mas percebo na minha caminhada que o amor é uma construção sem fim... “ O destino é uma ponto que se constrói até a pessoa amada”. Construção é processo. A ponte não tem fim nem começo, ela liga, une. É assim pra mim viver o meu amor. Uma construção diária de união. Vivemos assim em harmonia, solidificando nossa ponte, mesmo que encontremos dificuldades no caminho. Demoramos muito para ficarmos juntos e hoje somos outros. Crescemos, vivemos, mudamos, sofremos e descobrimos o que queremos para o nosso caminho. Assisti IRONIAS DO AMOR e nos vi ali, às avessas. Te amo, meu amor!

domingo, 26 de julho de 2009

Produção Cultural

Varias vezes sou procurada para ajudar em trabalhos acadêmicos.
Sometimes como locutora, outras vezes como atriz e outras como produtora.

Como locutora é mais facil, apesar de me deparar com textos cabeludos, ainda sem muito trato e objetividade, dou meu jeitinho, sugiro alguma alteração, mas sei quanto suor foi derramado por cada letra ali e se não for ouvida, simplesmente faço!

Como atriz é mais tempo, ensaio, texto, horarios, às vezes câmera (não sou muito amiga dela - prefiro as fotograficas), ou seja, bastante trabalho! Confesso que não aceito quase nunca. Por isso, deixaram de me chamar! Sorry, Fau!

Mas como produtora... Hum... Vem gente cheia de energia, com todos os pensadores afiados na ponta da lingua e do lapis, citações, alfinetadas... e me fazem pensar, refletir e emitir opinião a respeito de diversos assuntos ligados à produção. Isso é bom! Gosto! O exercicio do pensar e do expressar-se. Não gosto de causar polêmicas, nem de aparecer! Gosto de fazer acontecer, de me expressar através da arte, de preferência que o publico goste do que viu e os profissionais gostem de fazer o que estão fazendo! Assim tudo da certo!

Estou tentando Janine te responder!!! rsrsrsrs

Divã

Somente ontem pude assistir Divã - alias nunca assisto filmes que estão na crista da onda, me permito as marolas...

Os filmes que falam sobre o binômio amizade/tempo me deixam profundamente tocada. As relações de amizade acompanham os passos, as mudanças, as opções do outro, a saudade, a partida, o enxergar-se na ausência dele, o amor, a alegria, as lagrimas...

Na noite anterior a nostalgia tinha tomado conta do meu ser (saudade de tanta gente, fotos do Forum, CD de Roberto Carlos...) e depois de Divã minha atitude foi ligar para os meus e dizer EU TE AMO! Fiz isso com a Pir, deixei na caixa de mensagens de Fran e falei com meus pais.

Meus pais são seres especiais!
Fico me perguntando se serei assim também para minhas filhas?
Espero que sim!

Enfim, Divã, recomendo!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bateu saudade...

Saudade da minha Pir.
Saudade de quando minha Pir mesmo era Karla!!!
Saudade de minha pretinha, do filhote e de Lelê!
Saudade de Juninho, Jaque e Lu!
Saudade de Lysandra, Heva!
De Parranhos e Buffone!
De Adelmo, Haroldo, Solovera e Jack!
Saudade de Togô!
Putz, saudade de minha Ivon - alguém sabe onde anda Ivonise?
Saudade do tempo do Dois de Julho...

De repente a nostalgia invadiu meu ser...
Zapeei o blog de Nildão, da Pretinha, da Pir e uma vontade de ver essas pessoas sempre...
rsrsrsrs

Monteiro Lobato

Salve a Lingua Portuguesa e suas riquezas!

Continuo lendo a saga da minha querida companheira de fantasia, Emilia, nas noites semi-insones (rsrsrs) de minhas filhas...

Que gostoso ver palavras e contrações, hj tão deixadas de lado, presentes numa leitura infantil.

Me sinto Emilia, procurando soluções!
Gosto da ideia de uma imaginação sem limites, e uma racionalidade sem igual.
Instantânea. Sagaz. Inteligente. Modesta...

Ela é feita de pano, mas pensa como um ser humano...
Emilia Emilia Emilia

Antes minha leitura da boneca, se resumia a imagem que a TV me deu!
Amei, sempre!
Hoje vejo a tal Marquesa de Rabico com outros olhos...
Olhos de quem lê e costura seus panos.
De quem escolhe as cores do tecido e das linhas.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Jeremias o profeta da esperança...



Fui assistir na ultima sexta a montagem de minha querida Adelice.
Poética e sincera, seu Jeremias é um paradoxo da esperança!
Digo isso, porque na minha santa inocência imaginei um profeta aos moldes do Conselheiro, ou de um João Batista que sonorizavam suas profecias em alto e bom som.
La encontrei um Jeremias inquieto e resguardado, temeroso com seus maus pressentimentos e não-queredor de seus dons por conta disso!
Ah, Jeremias...

Adê me emociona em algumas de suas escolhas...
Principalmente quando revela seu lado angelical, doce, meigo, um feminino delicado.
Gosto mais até do que o furor de sua femêa Yansã!!!
Sei la eu se alguém me entende...

E indo para além das fronteiras do espetaculo, vejo meu querido Bruno alçando um vôo mais que especial na fronteira da acessibilidade. Fui ao primeiro espetaculo com transmissão direta para um grupo de portadores de necessidades especiais!
Que especial! Sem visão, mas com a audição aguçada e sem audição porém com uma visão além do alcance...

Parabéns Bruninho e Adê!

A arte é a arte de encontros e conflitos!

Beijos muitos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um banheiro com Dostoievski???


Ah, esse Anjo Arcanjo, Ângelo Rafael...

Se assustou quando ao lavar as mãos no nosso banheiro deu de cara com Noites Brancas...

"Vocês não são apenas o casal mais elegante da cultura baiana, mas também têm o banheiro mais cultural da cidade..."

Ta vendo, como são os livros?

Alias, adorei o livro! Que delicadeza... Pra melhor me colocar, cito Virginia Woolf:
"Nada escapa a Dostoiévski. À exceção de Shakespeare, não ha leitura mais estimulante".

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tributo a Michael Jackson

Costumo dizer aos meus amigos que meus grandes programas infantis eram casamentos e velorios. Estava sempre com meu pai nestes eventos. Vi cenas muito bonitas, muito emocionantes desses momentos tão fortes na vida das pessoas. Nem sempre conhecia as pessoas que estavam nessas celebrações, mas sempre me emocionava, porque a emoção não caminha apenas pelas veias dos que vivem a cena de fato, mas também nas de quem as vê e se identifica em algum lugar com elas. Hoje me peguei chorando no Tributo a Michael. Pensando no menino, no homem, na solidão e também no dia-a-dia comum de um ser humano comum. Não é facil viver, em nenhuma instância! Chorei muito com Brook Shields, quem mais revelou o homem e menos o artista. Somos feitos da mesma matéria... Sonhos, desejos, dores, angustias, medos, alegrias, defeitos, vontade de acertar, erros, brincadeiras, responsabilidades...
Pensei em Tom Jobim que tanto pregou a preservação da floresta, dos passaros, da Natureza... Em John Lenon, Gandhy, Mandela, Boff, Martin Luther King, Lula, Obama...
God bless us!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Free Nelson Mandela...

Perdi a conta de quantas vezes cantei este grito que ecoava pelo mundo...

FREE NELSON MANDELA!!!

Muitas vezes com Os Paralamas do Sucesso e seus shows na Concha Acústica do TCA. A bem da verdade, não sabia ao certo quem era Mandela, mas já não conseguia entender o apartheid e o interesse da conquista, do poder de um pedaço (extenso) de chão por homens nada a ver de estarem ali.

A humanidade às vezes me enoja!

Li, há um ano ou dois, um livro da Publifolha (se não me engano) sobre Mandela. O livro é pequeno, mas muito preciso, e só fez suscitar em mim uma vontade maior de conhecer melhor a historia desse homem. Tenho um pouco de resistência de me entregar a fundo às dores do povo negro, porque sei que a minha historia com a África não vem dessa vida e como cheguei dessa vez com essa pele “branca encardida”, sei que não seria muito bem compreendida ao levantar a bandeira da igualdade racial e reclamar da postura radical de muitos. Também, levantar bandeiras não é muito a minha cara!

Ontem vi em DVD o filme MANDELA. Pense que ainda estou de cara inchada de chorar... (Acho que vou mudar o nome desse blog para “uma casa cheia de lágrimas”! Rsrsrsrs). E ainda no fim da noite fui assistir “O LEITOR”. Ah, vai chorar assim lá longe...

Deus fez o homem. Não se pode brincar com isso. Brancos e Negros. Judeus e Alemães. Homens e Mulheres. Sinceramente? A humanidade vai precisar de quanto tempo pra enxergar o outro? Porque separar se a gente pode unir? Por que eu preciso ter, ter e ter e muitos outros precisam não-ter, não-ter e não-ter e ainda serem humilhados, ultrajados, perseguidos? Não! Vamos acordar!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Noites Brancas

Meu encontro com os livros é tão inusitado... Adoro ler, isso é um fato. Às vezes encontro os momentos mais estranhos para isso. Por exemplo: fui fazer a turnê de São João com o cantor Daniel e advinha qual o livro que levei? Noites Brancas de Dostoievski. Tudo bem, não é nenhum tratado denso de filosofia, mas ler Dostoievski em plena rota romântica/sertaneja é demais. Pra variar ainda peguei uma entrevista fantástica de Leonardo Boff na TV. E muito, mas muito Michael Jackson em todos os cantos.
Alias, acho que vale pegar uma carona com Boff... A Teologia da Libertação é um marco da modernidade do pensamento religioso/filosófico. Hoje em dia, porém, acho que o pensamento já ultrapassou. Não concebo mais a centralização do principio divino no caminho Crístico. Acho que Deus é Senhor do mundo e as religiões estão irmanadas, mesmo que não se tolerem. Todos os caminhos levam a Deus. Minha formação é Cristã e longe de mim, não reconhecer o poder de Jesus e sua caminhada. Aprendi muito sobre ética, amor e perdão com os ensinamentos dele, suas parábolas e sua vivência. Mas Deus... Ah! Deus é maior que tudo. Maior que o nosso pensamento humano, nossas picuinhas de gente.

sábado, 20 de junho de 2009

De novo, na estrada...

Pois é, não da pra fugir muito dessa vida on the road!
Mas é assim, por aqui, de passagem, e ja saindo para a estrada.
Um beijo aos que ficam.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dança
como se dança nu
à poesia
como se passa às pressas
sobre um chão de nuvens
sim
viver ao sabor de ventos frios
e ao calor de corpos abraçados
não que a poesia
exorte desejos
sucumbe ao cálice amargo
da dor
viver ao encanto do caminho
das decisões inesperadas
ao ardil do desejo de não sentir
emoções fortes
leves distrações
certeza de uma estrada
incerta

sexta-feira, 12 de junho de 2009

São Paulo, my love...

Viajar, viajar, viajar...
Saudades, sim, da minha terra, minha casa, minha vida, mas um mundo se abre à minha frente.
Quem não quer crescer fica cavando igual tatu.
Eu quero viver, beber perfumes!
São Paulo é meu destino!
Bom rever os meus!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vicky... Cristina... Barcelona...

Repassando minha vida, venturas, aventuras, desventuras, às vezes me sinto Vicky, outras Cristina e outras ainda Barcelona...
Quem viu, entende.

sábado, 30 de maio de 2009

A vida não tem ensaios...

Fiquei apaixonada pela leitura de "A poesia do Encontro" de Elisa Lucinda e Rubem Alves. A leitura é gostosa, rapida. Você entra na conversa e consegue visualizar o movomento de cada um. Elisa daquele jeito que não para quieta e Rubem com movimentos pequenos e bem secionados, um olhar contemplativo e a cabeça fervilhando... O Dvd comprova exatamente isso!

Acontece comigo um fenômeno com obras de arte que deve acontecer com outras pessoas. Simplesmente o efeito fica em mim, se transfere para o meu dia-a-dia, se mistura com quem eu era até ali e me modifica. Sempre foi assim... Me lembro das transformações adolescentes depois de ler todos os livros de Richard Bach, os que consegui ler de Roberto Freire (no tempo em que eu acreditava no amor libertário - mas sobre isso, um dia, quem sabe, escrevo um post), depois de uma crônica de Artur da Távola sobre "ser" e "estar" (essa mexeu!), de assistir Sociedade dos Poetas Mortos, Ray Charles, O declínio do império americano e Invasões Bárbaras, Frieda Cahlo, Callas Forever, Piaf (adoro biografias) e tantos discos, musicas, peças (Cuida bem de mim, A alma boa de Setsuan), livros...

Mas voltando ao livro, em uma de suas passagens, quando Elisa relata a historia de uma professora do interior de Pernambuco que recitou Adélia Prado para um auditório de 800 pessoas, lembrou-me a experiência que tive, quando participei do Projeto Salvador (uma parceria da Faculdade de Educação da UFBA e a Prefeitura Municipal) como professora da Oficina Voz e Dicção. As alunas eram professoras da rede e estavam em busca de sua formação universitária. Depois da aula, sempre uma delas vinha conversar e compartilhar sensações que não podiam expor ao grupo.
Num desses dias, uma me acompanhou até outro prédio da universidade, relatando o impacto daquela oficina na sua vida pessoal. Disse que nunca tinha olhado pra si, até então. Tinha mais de trinta anos, saiu da casa do pai para o casamento e logo para a maternidade. Mãe de três filhos, dona-de-casa, esposa, estudante, professora e atuante na igreja, ali se enxergava pela primeira vez. Fechou os olhos, pensou em sua respiração, seu corpo, seu comportamento e chorou. Não conseguiu se colocar na avaliação de tão emocionada, apesar de super discreta.

Aquelas mulheres carregavam uma carga muito pesada sobre os ombros (péssimas condições de trabalho, jornadas exaustivas tanto no trabalho como em casa, muitas travas, tabus, medos e apesar da consciência de que por serem profissionais da voz, precisavam de cuidados específicos diários, não faziam nada neste sentido). Percebi que pra chegar à voz, precisaria acordar outros sentidos. Audição, tato, visão. Poesia, corpo, foco, o outro, musica. A essência da profissão. O motivo e a importância de ser educadora. Sei o quanto isso mexeu com todas elas. Mexia comigo também!
Sei que pude plantar em cada uma o cuidado com o corpo, com a respiração, a necessidade de agua que o nosso organismo tem, a atenção com os recursos à volta: se o quadro for de giz, enquanto estiver escrevendo não fale, para não engolir aquela poeira que resseca a garganta e traz danos profundos à saude, visitem um otorrino, façam exames regulares, etc. Por algum tempo sei que funcionou, porque eu cobrava e hoje, como sera que elas estão?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Elis, Tom, Ary e Zé...

Enquanto preparava o almoço cantarolava uns versos de Folhas Secas, de Nelson Cavaquinho. Então fui atrás da Caixa com 4 CDs de Elis que meu querido Grico me presenteou ha mais de dez anos dizendo que eu precisaria mais dela do que ele. Lindo! Peguei o CD 3 que é o que mais gosto e coloquei na faixa 03. (Um avanço pra mim, que ha tempos, se quisesse ouvir a faixa 15, ouviria o disco inteiro até chegar la - uma questão de respeito às outras canções! Viagem!).
Gosto muito de Elis! A voz, a interpretação, o jeito de d i z e r c a d a p a l a v r a. Fiquei curtindo o CD e refletindo sobre algumas pisadas-na-bola dela, contadas em livros como Furacão Elis e Antonio Carlos Jobim, por exemplo. Com Tom foi à época da gravação de Elis e Tom. Os ânimos não eram dos melhores entre eles, com breves momentos de paz e cordialidade. Num desses, Tom mostrou Na Batucada da Vida, de Ary Barroso. Ela adorou e perguntou se poderia gravá-la, e ele pediu que não, porque quando voltasse ao Brasil gravaria um disco só com musicas de Ary e uma delas com certeza era essa. Combinados éticos de qualquer profissão. Mas não é que ela gravou e esperou passar o lançamento do Elis e Tom para lançá-lo? Tudo bem que cada um com seus motivos, mas...
Me dei conta que esse disco é o que ela canta "Casa no Campo". Pois é, o Zé... O Zé saiu de cena num susto! Deixou um legado artístico. Mas vou te dizer a referência que eu tenho do Zé é da figura engraçada de dentro de casa, o marido da Julia, o cunhado do Silvio, o pai da Biba e do Tuto. Pra mim, foi esse o Zé que partiu e que deixou saudade. Essa família querida do meu coração que fez parte da minha vida, que um dia foi minha também. Chorei, mas o amor une e com a saída de cena do Zé reencontrei na dor essas pessoas, sabemos o quanto esse amor é pleno e atravessa distância e tempo.
A ultima vez que falei com o Zé foi por conta dos direitos autorais de Casa no Campo. Gravamos no CD Sentidos do Ambiente de Mario Ulloa com o CRA (hoje IMA). Demos risada e ele disse: grava logo que os direitos depois vão ser só meus e vão ficar mais caros! Divirta-se onde você estiver! Um beijo.

Que livro vou ler?

Ontem estava me perguntando qual sera meu proximo livro. Em que aventura me debruçarei?

Vim de uma sequência gostosa "O Clube dos Anjos" de Luis Fernando Verissimo (coleção os sete pecados capitais -A Gula), "Dorival Caymmi - O Mar e o Tempo" de Stella Caymmi, "Antonio Carlos Jobim" de Sergio Cabral, "Leite Derramado" de Chico Buarque, "A Poesia do Encontro" de Elisa Lucinda e Rubem Alves. Isso sem falar dos best sellers "Caçador de Pipas", "A Sombra e o Vento", "O Codigo Da Vinci"... (Sem preconceitos, ta? So pq os bichinhos são ricos, não quer dizer que não são bons!)
E é claro que dei minha choradinha em cada um deles. Não precisa ser triste, nem nada, basta a emoção bater e as lagrimas vem... Eu vou fazer o quê? Ter uma boa camisa de flanela ao lado! Hein, Nildão?


Mas voltando aos livros, comprei Assim falou Zaratrustra... Ja havia jurado pra mim que passaria essa vida sem dar ouvidos a Nietzsche, mas quebrei esta promessa quando li A Origem da Tragédia. Sei que agora virão outros dele. Mas, cada um no seu tempo...
Não leio por obrigação, mas por prazer. Ninguém me mandou ler O Retrato de Dorian Gray. Comprei uma edição de bolso num posto de gasolina, por causa da referência feitapor minha amiga Adê, num cartão de aniversario que me mandou. Dom Casmurro? Amo! Alias Leite Derramado me remeteu a Dom Casmurro algumas vezes.

Minha filha mais velha que adora contos e lendas da mitologia, lendo os contos das mil e uma noites me disse que ja tinha lido todos os contos, menos um. Por que? Ah, não gostei! Como assim, não gostou? Então vc leu? Não, não gostei do titulo! Claro que a mãe paranoica bateu e disse, como é que vc faz isso com o livro?!!! Vc não sabia que todos os outros eram bons até lê-los... Ta bom, mãe, então vc lê ele pra mim? Hoje ela foi contar aos colegas um pouco sobre este livro, falando em primeira pessoa (ela era Sherazade)... So não va inventar de fazer teatro, viu?!!!! rsrsrrs Agora estamos lendo Monteiro Lobato. Ela teve resistência no inicio, quando dei a ela de presente. Tava muito Judy Moody, então esperei a tentativa de ser paty passar e agora elas estão doidas pelas loucuras de Emilia, Narizinho e Pedrinho...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quem nunca tomou massagem nos pés?
Isto sim é um raro prazer...

Estava precisando, e nem sabia, de uma boa massagem

quando me surpreendi com um presente diario

que nunca me chamou tanta atenção como hoje

meu tapete de banho combinou com o chuveiro de juntos me fazerem uma surpresa...

os dois

num belo exemplo de trabalho de equipe

me proporcionaram o mais singelo carinho


meu tapete é felpudo

(como é que ele pode ser felpudo se vive embaixo d'agua?)

e meu chuveiro é assim... suave

derrama sua cachoeira de forma que o apreciador não se assuste

não se irrite, apenas se entregue ao poder balsâmico da agua

e eu inebriada com aquele instante de prazer e devaneio

acordei de repente

vixe, olha o desperdicio!




quarta-feira, 27 de maio de 2009

Meu lap



Meu computador tem teclado francês, foi batizado como Jean Pierre, mas hoje ele ja fala português! So que até hoje não aprendi os atalhos para os acentos agudos! Então, paciência aos que leem!

Responsabilidade Social


Como uma das metas para o ano de 2009, tracei a necessidade de fazer uma MBA em gestão de negócios. Mudança brusca para alguém que se formou em Interpretação Teatral? Nem tanto...


Fui parar no teatro por causa da musica (achei que podia ser cantora!), queria saber pisar num palco e ser senhora dele (minha referência era Maria Bethânia, o que mais eu podia querer?), mas desde sempre fiz produção. Shows, gravações publicitárias, espetáculos, seminários, eventos, campanhas, etc. Aquilo pra mim fazia parte do meu ritmo, mas meu desejo mesmo era cantar! Então fiz o Curso Livre de Teatro da UFBA!!! Me vi no espelho ou melhor numa radiografia. Era corpo, voz, historia do teatro, Nelson Rodrigues, a convivência diária com um grupo tão heterogêneo, uma miscelânea de professores... Enfim, um grande aprendizado. Provei, gostei e quis ir além.

Entrei pra faculdade. Passei em primeiro lugar (isso eu tenho que contar) e fechei a redação (isso eu tenho que contar tb! rsrsrs). Mas a minha vida foi tomando outro rumo e a produção foi falando mais alto. Quando parei pra refletir o que era que me movia, descobri que era fazer as coisas acontecerem! Adoro os dias de montagens, as adequações, a conquista... O palco é uma delicia, mas tem uma dedicação vital diferente, que eu não estava disposta a encarar. E realmente curto vê-lo acontecer!

Mas voltando a Pós, fiz a entrevista para a UNIFACS e o tema da redação: responsabilidade social. Acho que o mundo acordou há pouco para esse paradigma tão presente, por exemplo, na linguagem religiosa milenar. Religiosa, sim! O cuidado, o respeito com o outro, com o meio ambiente, a solidariedade, o suporte educacional, cultural, econômico... Ah, como é que isso não é religião? Ouvi falar dessa tal responsabilidade de outras formas e ela não usava terno e sapatos italianos, mas sandálias de couro e roupas simples.

A falta de responsabilidade praticada pelas indústrias já atinge há muito cidades “insignificantes”. Só que esses lugares são povoados por pessoas. Por principio, essas pessoas não podem ser insignificantes. Cada um tem sua historia de amor, de família, de saudade, de estudo, de medo, de doença, de tudo, de ser. E embora tentem calar sua voz, seus gritos tem ecos...

Não acredito na responsabilidade social demagógica de grandes empresas extrativistas, por exemplo, que para aparecerem com cara de boazinha, responsáveis, fazem uma creche para 43 crianças e acham que estão fazendo um grande papel. Ora, aquela creche não representa nem 0,001% das riquezas extraídas do nosso solo. E ainda vem gente dizer que estão fazendo a parte deles! Tenha paciência! Se ensinamos às crianças que coloquem as coisas no lugar, por que deixamos os adultos à deriva?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Era uma vez...



Quando a gente desvenda o valor de uma palavra, a poesia faz tudo mudar de cor, de tom.

Na véspera do meu aniversario de 34 anos, fui presenteada por um passeio pelas ruas da bienal do livro em Salvador em busca de presenciar o bate-papo entre Elisa Lucinda e Rubem Alves. Naquele instante tomei uma decisão: precisava criar um blog. Precisava externar de alguma forma a felicidade do encontro daquele dia.

Ouço falar de Rubem Alves desde a minha infância. Engraçado que ele, Leonardo Boff, Frei Beto, Carlos Mesters e outros pareciam pertencer à mesma casta! Por motivos diferentes o nome deles saia da boca do meu pai diversas vezes e eu os tinha como seus amigos de longas datas! O encanto é que depois de tanto tempo ouvindo falar nele, comprei um livro seu somente este ano, no dia que li a introdução de vários outros... Na bienal, me deparei com um menino de idade perdida, com brilho nos olhos e uma cabeça tão transparente, que da pra ver a variedade de historias que fervilha ali.



Elisa Lucinda... Bem, Elisa é um caso à parte! A primeira vez que a ouvir falar uma de suas poesias, foi na mesa de um restaurante de um hotel em São Paulo, em 21 de dezembro de 1994. Márcia Martinn, uma grande amiga, me puxou pelo braço e disse: "você tem de conhecer essa mulher!" e me levou até ela. E não estava errada! Depois de muitas risadas à mesa, regadas a vinho, não imaginava que o melhor ainda estava por vir. Quando ela nos brindou com a poesia do Semelhante. Eu não sabia de onde vinha tamanha naturalidade em forma de poesia, de olho, voz, alegria, simplicidade e profundidade. Eu conseguia me ver através dela. Eu sempre acreditei que a poesia era assim, uma forma especial de unir as palavras com ritmo, melodia e paixão. O fato é que ganhei dela um exemplar do livro O Semelhante e a partir dai me tornei sua devota. Fui a inúmeras apresentações e comprei muitos dos seus livros (só não tenho os infantis, ainda!) e onde posso, leio suas poesias e atraio mais devotos para ela (Santa Elisa? rsrsrs).

No tal encontro da Bienal, fiquei mais uma vez tomada pela emoção. Me apaixonei pelo Rubem e pela poesia do encontro dos dois. Comprei um caderninho rosa e comecei a escrever, andando... Teve uma hora que quase não contive a explosão de ouvir que o Cântico Negro, do José Régio, é uma poesia especial para os dois. Isso era demais! Aprendi esse texto aos 11 anos (será coincidência Elisa?) e o ouvia diariamente inúmeras vezes por causa de uma fita K-7 do show Nossos Momentos de Maria Bethânia que não saia do meu "2 em 1". Sabia ele de trás pra frente e cada vez que lia, ouvia ou dizia, uma frase diferente se tornava a mais forte...

A arte tem o poder de nos alcançar em coisas diferentes. Não é apenas a beleza dela em si, mas quem sou eu naquele instante e o que ela me leva a ser e sentir no momento do seu encontro comigo. A repetição tem seus encantos... O ensaio, a temporada, os gestos, a verdade, ler, reler, tri-ler... Ver um filme novamente depois de tempos, ler um livro novamente depois de tempos...

Salve Elisa Lucinda e Rubem Alves! Fernando Pessoa e Vinicius de Moraes! Tom Jobim e Chico Buarque! E tantos outros construtores de poesia!